Há alguns anos o mundo do trabalho vem se desenvolvendo e adotando novas práticas que priorizem o bem-estar dos colaboradores, os resultados de empresas e, consequentemente, maior produtividade. A semana de quatro dias é uma forte tendência no mercado que se preocupa com essas questões e já está em fase de teste no Brasil.
No texto de hoje, vamos entender melhor do que se trata esse projeto, quais são suas propostas e benefícios.
A semana de quatro dias tem o objetivo de reduzir a jornada de trabalho para 32 horas semanais e é possível executar a proposta da seguinte forma: tirando a segunda ou a sexta da semana útil, ou reduzindo a carga horária todos os dias.
Tais medidas seguem a lógica do 100 – 80 – 100, que nada mais é do que 100% do salário, 80% de tempo e 100% de produtividade. Empresas de diversos segmentos estão participando do experimento para a implementação efetiva da semana de 4 dias no Brasil. De acordo com a organização 4DayWeek, o processo envolve várias etapas para assegurar uma transição bem-sucedida do modelo de trabalho.
Motivações como ganho de produtividade, mais engajamento entre colaboradores, maiores índices de satisfação e entrega de projetos com qualidade elevada reafirmam a necessidade da semana de trabalho reduzida. Afinal, ter tempo livre e de qualidade é uma forma de beneficiar a rotina, bem como a produtividade dentro e fora do trabalho.
Segundo uma matéria da Exame, o CEO da empresa de tecnologia Vockan, que participa do experimento do projeto, revela que o monitoramento da empresa aponta um aumento de 43% no grau de felicidade dos colaboradores e 23% na produtividade durante a semana de 4 dias.
O resultado do estudo realizado pela 4 Day Week Global, empresa que lidera a implementação desse projeto ao redor do mundo, também indica números surpreendentes.
- 68% de redução de esgotamento;
- 63% de atração de talentos;
- 54% no aumento da capacidade para o trabalho;
- 42% na diminuição de demissões de funcionários;
- 36% no aumento da receita em relação ao ano anterior.
Ainda é cedo para dizer se essa tendência vai realmente se firmar aqui no Brasil, mas como podemos evidenciar, há uma forte mudança no cenário atual. Quem sabe assim conseguimos reforçar ainda mais a questão da saúde mental como principal preocupação entre as empresas e colaboradores.