Empreender não é nada fácil, mas imagina para as mulheres, que, na maioria dos casos, precisam se dividir entre trabalho, tarefas domésticas e família? As empreendedoras travam batalhas diárias contra o preconceito e a falta de oportunidades do mercado do trabalho, que ainda não olha para elas da mesma forma que olha para os homens. Além de buscar especialização, é preciso se esforçar o dobro para começar um negócio no meio de tantas incertezas econômicas e sociais. Por isso, hoje, no Dia do Empreendedorismo Feminino, falaremos sobre as dificuldades enfrentadas pelas mulheres no Brasil.
Para avaliar o cenário atual, é importante considerar o impacto da pandemia nos últimos anos. Dados da Pesquisa sobre o Empreendedorismo Feminino no Brasil, realizada pela SEBRAE, revelam que durante esse período o número de mulheres donas de negócio diminuiu. As empreendedoras estão em maior proporção no Sudeste, totalizando 43%. No entanto, o Rio de Janeiro está em menor número, com apenas 8%.
Em âmbito nacional, o contexto da desigualdade no mercado de trabalho é preocupante. Segundo a pesquisa, apenas 33,6% das mulheres são donas de seus negócios, enquanto os homens representam 66,4%. Ainda se tratando de pandemia, o estudo Empreendedoras e Seus Negócios 2020: Recorte dos Impactos da Pandemia, feito pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora, afirma que o interesse em continuar empreendendo está relacionado à importância que as mulheres veem em seus negócios e à sua resiliência.
Segundo a pesquisa, que foi executada entre setembro e outubro de 2020, 88% das mulheres responderam que têm mais interesse em empreender contra 70% dos homens, bem como 68% delas se dizem mais capazes de se adaptar às mudanças em oposição à 53% dos homens. Sendo assim, os dados revelam que, mesmo com tantos impasses, as mulheres não abaixam a cabeça para as dificuldades que surgem no meio do caminho.
É preciso criar espaços onde o empreendedorismo feminino e os cargos de liderança prevaleçam. Atualmente, mulheres empreendedoras representam quase metade do mercado empreendedor. De acordo com a Globo Entrepreneurship Monitor, só no Brasil, já são 30 milhões de mulheres no mercado, o que representa uma parcela de 48,7% no cenário nacional.
Tendo em vista a necessidade de serem donas do próprio negócio e a luta constante por mudanças no mercado de trabalho, as mulheres protagonizam cada vez mais o empreendedorismo feminino, um movimento que reúne empreendimentos comandado por mulheres com o intuito de empoderá-las e quebrar paradigmas. Sendo assim, o dia 19 de novembro é a data que comemora oficialmente essa ação como o dia do Empreendedorismo Feminino.
Em 2014, nesse mesmo dia, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a ONU Mulheres reuniu mais de 150 países, empresas e instituições para apoiar empreendedoras e protestar contra a desigualdade salarial. Portanto, o dia 19 de novembro é a data que celebra oficialmente essa ação como o dia do Empreendedorismo Feminino. Comemoramos hoje na esperança de que as próximas gerações de mulheres empreendedoras sejam mais valorizadas e reconhecidas.